quinta-feira, 12 de junho de 2008

Setor Plástico fecha Convenção Coletiva

Pressionados pela greve, patrões concedem 7,5% de reajuste salarial, sendo 2% de aumento real

As trabalhadoras e trabalhadores do setor Plástico de Biguaçu, Jaraguá do Sul e Rio Negrinho recebem no quinto dia útil de julho reajuste salarial de 7,5% como resultado das negociações coletivas de trabalho com o Sindicato patronal. O reajuste é retroativo a 1º de abril, abrange também os pisos salariais da categoria e representa 2% de aumento real em relação à variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) registrada entre 1º de abril de 2007 e 31 de março de 2008, de 5,5%. A Convenção Coletiva inclui ainda cláusula de abono salarial no valor de R$ 150,00 a todas as trabalhadoras e trabalhadores, a ser pago até o quinto dia útil de agosto. As demais cláusulas da Convenção anterior foram mantidas.

O fim do impasse com o Sindicato patronal começou a se definir a partir da paralisação de 100% das quase 300 trabalhadoras e trabalhadores da empresa Plasc, em Biguaçu, no dia 10 de junho. A Campanha Salarial do setor foi deflagrada de forma unificada, através da coordenação da Fetiesc (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de SC). O secretário de Negociação Coletiva da Fetiesc e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Químicos, Plásticos, da Borracha e Papelão de Jaraguá do Sul e Região, Sérgio Ferrari, ressalta a importância política do movimento: "Tivemos a confiança e participação da categoria nas Assembléias, em cada município, definindo pelo estado de greve com muita coragem, por tudo isso, a nossa campanha unificada está consolidada", avalia Ferrari.

O presidente da Fetiesc, Idemar Antônio Martini, destaca o comprometimento dos dirigentes de entidades filiadas e de muitas não-filiadas à Federação, que se deslocaram do oeste e do sul do estado para fortalecer o movimento unificado. "Isso demonstra que a unidade da classe trabalhadora, participando das lutas pela garantia de direitos, traz resultados positivos, sempre". Martini lembra que, desde a primeira rodada de negociação, "os patrões tentaram romper com a unidade das trabalhadoras e trabalhadores". A Campanha Unificada lançada pela Fetiesc começou a ser planejada há seis meses, após a realização de uma pesquisa de opinião, para expressar as reivindicações mais urgentes da categoria. Uma delas, que não chegou a ser conquistada, foi a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, com o fim do trabalho aos sábados. "Agora, o debate vai continuar, por empresa, de maneira constante", adianta Sérgio Ferrari.
Informa Editora- Jaraguá

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